terça-feira, 31 de agosto de 2010

A Metamorfose no Rio

A METAMORFOSE, uma adaptação do conto homônimo de Franz Kafka, com montagem do Núcleo de Pesquisa do Ponto de Cultura do Teatro Experimental de Arte – TEA/Caruaru e dirigida por Fabio Pascoal, estará participando do XVII Festival de Teatro do Rio, festival que acontece de 14 a 23 de setembro na Casa de Cultura Laura Alvim.

Foram sete grupos teatrais os selecionados pela comissão formada Ivan Sugahara e Guida Vianna, entre 100 inscritos para apresentar seus espetáculos na capital carioca. O Festival é uma realização do Centro Cultural da Universidade Veiga de Almeida, e homenageia este ano a atriz Marieta Severo e premiará os melhores classificados em 11 categorias.

O Festival de Teatro do Rio cresce a cada ano, e com ele, o público que acompanha o evento – até a última edição mais de 100 companhias de teatro e 30 mil espectadores prestigiaram o festival. Aberto ao público, o evento oferece um panorama do que há de melhor no teatro brasileiro.

Além de ser o único evento do gênero realizado há 17 anos consecutivos, também é referência para diretores, coordenadores artísticos e produtores de teatro de todo o país, que vêm assistir ao Festival em busca de novidades e participar dos debates e oficinas que acontecem durante os dez dias de programação.

O Festival de Teatro do Rio prestigia os novos talentos selecionados e homenageia importantes nomes da dramaturgia brasileira promovendo assim, um importante diálogo entre gerações de artistas e a valorização do teatro nacional.

domingo, 22 de agosto de 2010

Teorias e sensações

Abro a porta:
Crianças de um lado...teorias de outro.

Como posso eu fechar os olhos para os meus sentidos e dar ouvidos a ciência?
Como, se o momento da aula me afoga de sensações?

Ser atriz, me ensina a sentir...a mim e ao outro.

Tenho sentido os meus alunos.
E tenho estimulado que se toquem - na alma.
As sensações possibilitam contato, possibilitam vivências.
Das vivências nascem as nossas verdades, nossos valores.

Alunos...quietos...impulsivos...intensos...

Todos, no mesmo momento, despertando para a vida, desafiando o mundo com vigor.
Desafiando a mim e aos meus sentidos.
Desafinando as teorias...

De que elas me servem diante de tanta vivacidade?

Ser atriz, me ensina a improvisar...por mim e para o outro.

Por eles, tenho me aventurado na improvisação de técnicas para tornar a aula produtiva.
Resultados lentos... mas significantes.

Fecho a porta:
Sensações por todos os lados.


Julliana Soares

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O sopro dá vida


Condensar o ar que Reeeeespiramos,(R)EXxxxxxxxpiramos,(Res)Piramos!
ResPirar é vida! ExPirar é vida!
Comumente ouvimos falar no “sopro da vida” como algo fora de nós, como algo que nos é dado. Mas o que seria o sopro da vida???
Convido você a descobrir que o sopro dá vida!
Carregada com bexigas em minha mochila e com a cabeça cheia de idéias coloridas...Foi assim que viajei!
Cheguei ao meu destino e parecia que já estava em “nossos destinos” àquela experiência. A tela cheia de colagens de imagens que se compunha numa sucessão de cenas ininterruptas, encheu ainda mais os meus pulmões!Se trata do filme “O mundo secreto de Coraline”.
Entre o vazio (espaço no qual acredito ser possível todas as coisas) e um punhado de palavras...um palco!
Iniciamos por adentrar um túnel que dava acesso a inúmeras coisas e caminhos. CORaline já havia nos dado a dica de como fazer. Sentados e com os olhos fechados, era nossa vez de fazer a colagem das imagens... Um filme se passava em nossa cabeça. Flutuamos no ar, e no chão, à nossa frente, bexigas vazias esperavam pelo nosso sopro!Ingressamos em nossos sentimentos e lembranças. Uns pesados, outros pesados e que incomodavam.


[...O mais pesado dos fardos é, portanto, ao mesmo tempo a imagem da realização vital mais intensa. Quanto mais pesado é o fardo, mais próxima da terra está nossa vida, e mais real e verdadeira ela é. Em compensação, a ausência total de fardo leva os er humano a se tornar mais leve que o ar, leva-o a voar, a se distanciar da terra, do ser terrestre, a se tornar semi-real, e leva seus movimentos a ser tão livres como insignificantes – do Livro: A insustentável leveza do ser de Milan Kundera ]


No ritmo da vida, uma a uma fomos transformando o possível no real, uma realidade em outra... InsPiramos coragem e ExPiramos nos balões.

[...a decisão gravemente pesada está associada à voz do Destino; o peso, a necessidade e o valor são três noções intrinsecamente ligadas: só é grave aquilo que é necessário, só tem valor aquilo que pesa – do Livro: A insustentável leveza do ser de Milan Kundera]


Demos VIDA a algo que antes tinha apenas cor.
Trocamos sentimentos. Brincamos. Explodimos!
A um alguém foi lhe dado 1 ...e ela compartilhou-o com os outros enquanto a sua dor era varrida.
Ao fundo uma trilha nos acompanhava fielmente. Outros balões foram (as)soprados. Outros balões deram vida à vida.
Dançamos. Choramos. Sorrimos. Liberamos. E nos libertamos.

Nosso Eu foi massageado...

Abrimos nossos olhos e olhamos ao redor.
O que vivemos ainda estava ali (colo)Rindo para nós.
Contemplamos a imagem e nos despedimos agradecendo a nós mesmos e aos outros pelos sopros que nos deram vida.


Trechos em destaque, do livro: A insustentável leveza do ser – Milan Kundera
Filme: O mundo secreto de Coraline



Paula Fernanda Fonsêca
em 23 de Julho de 2010

terça-feira, 3 de agosto de 2010

JOGO



Jogar é exercer nosso estado de presença, no aqui e agora;
Jogar é dissolver nossos padrões de realidades e reconstri-los;
Jogar é nos colocar em contato;
Jogar é meditar;
Jogar é exercitar nossa liberdade;
Jogar é viver.


Fábio Pascoal