quarta-feira, 28 de julho de 2010

Sim!


A claridade do sistema as vezes me pertuba de uma forma inadequada, tentando atormentar meus dias e minhas noites de sono. Mas nada, nem ninguém vai deixar-me abalado para correr em busca do que almejo e do que prospero.
A qualidade da vida está na busca insensata de ser feliz e tornar as pessoas em volta embebedados de tremenda felicidade. Ame, grite, fale, cante, brinque, suje, limpe, dançe, chore, sorria! compartilhe!

Embriague-se de coisas boas e deixe se embebedar! a vida é hoje e poderá não ser amanhã! Dê um sim pro agora!

Seja você, acredite em você e deixe que as pessoas aprendam a lhe receber de braços abertos!

Torne o hoje intenso como único! Só assim o amanhã terá uma surpresa sempre a sua espera!


Paulo Henrique, 2010.

sábado, 24 de julho de 2010

"Pedem-se bis e um bis não se despreza!"

Acrobata da Dor
Gargalha, ri, num riso de tormenta,
como um palhaço, que desengonçado,
nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
de uma ironia e de uma dor violenta.

Da gargalhada atroz, sanguinolenta,
agita os guizos, e convulsionado
salta, gavroche, salta clown, varado
pelo estertor dessa agonia lenta ...

Pedem-se bis e um bis não se despreza!
Vamos! retesa os músculos, retesa
nessas macabras piruetas d'aço...

E embora caias sobre o chão, fremente,
afogado em teu sangue estuoso e quente,
ri! Coração, tristíssimo palhaço.

Cruz e Sousa




*fotografias de improvisação de clown para os alunos. Nas fotos, os atores/arte-educadores, Julliana Soares e Paulo Henrique.





segunda-feira, 12 de julho de 2010

palavras-corpo

ausência










insegurança

Me utilizando e criando a partir da leitura de Viola Spolin, bem como leituras paralelas em Fenomenologia, trabalhos com o corpo, livros sobre teatro, tenho buscado me apropriar da importância do corpo no processo de descoberta de si e das possíveis construções/criações de personagens enquanto ator,no trabalho como grupo do núcleo de pesquisa do TEA. O corpo em sua maestria de Ser, tem composto o cenário do espontâneo, do (in)consciente enquanto consciente de dentro, interior, e se expressado congruentemente aos sentimentos.

Paula Fonsêca,2010.

o encontro das águas

Fazer parte do “mundo azul” do Arte e Metamorfoses tem me possibilitado experimentar a fusão e separação de várias cores num mesmo contexto e com mais 4 pessoas!
A idéia “azul” surgiu de um experimento de contação de histórias em um dos meus primeiros encontros com o grupo do Núcleo de Pesquisa do TEA. Começamos por narrar, por meio de nossas fantasias interiores a façanha de uma comunidade de pessoas diferentes cujo “fim” (ou melhor dizendo, o começo) se deu na metamorfose de tornarem-se azuis...

“e tudo ficou azul!”

foram palavras que finalizaram um encontro, e a partir de então têm dado início a uma série de elaborações conjuntas. A começar pela criação deste blog.

A experiência de facilitar vivências que produzam o autoconhecimento e a compreensão do processo de também ser facilitador/monitor por parte dos integrantes do grupo com os alunos de uma escola pública, tem me acrescentado a indescritível tarefa de ser psicóloga. Criando, preparando, metA(RTE)morfoseando intensa e intimamente os laboratórios com vivências teatrais, quinzenalmente aos sábados, tenho percebido o quanto o grupo tem crescido em maturidade pessoal e profissional.

A partir do que compreendo como experimental, as vivências teatrais têm apresentado desdobramentos no âmbito pessoal e contribuído para a construção de um novo modo do fazer psicológico no qual a arte está presente.
Experimental para mim é a possibilidade de desdobrar possibilidades existenciais em latência, de afirmar o vivido em sua intensidade primeira de expressão.
Paula Fonsêca